É o período de 1831 a 1840 na História do
Brasil, compreendido entre a abdicação de
D. Pedro I e a "Declaração da Maioridade", quando seu filho D. Pedro
II teve a maioridade proclamada.
A abdicação
de D. Pedro I, aos 7 de abril de 1831,
pode ser vista como uma “complementação da independência”, na medida que a
aristocracia rural eliminou um chefe de Estado suspeito que colocava
portugueses nos altos cargos governativos. Entretanto, a classe dominante, com o
objetivo de empreender a tomada efetiva do poder, estimulou em torno dos seus
interesses, a força militar e camadas urbanas contra o Governo Imperial.
Participando
da insubordinação, que levou a abdicação, os setores sociais incitados pela
aristocracia rural esperavam ao menos uma fatia do poder. Assim, após a
derrubada do monarca tornaram-se evidentes as contradições originárias das
raízes sociais dos participantes da revolta e suas diferentes aspirações
políticas.
No Período
Regencial, portanto, as contradições de ordem sócio-política, anteriormente
latentes amadurecem e chegam às vias de fato. O Período Regencial foi desta
maneira o momento de confluência e solução dos conflitos do Primeiro Reinado ao
mesmo tempo que criou as bases sociais e organizatórias do Segundo Reinado,
sobretudo, através da dominação e alojamento definitivo no poder da
aristocracia rural.
1. A Regência Trina
2. A Atuação de Feijó
4. A Cisão dos Moderados (Regência Una)
6. A Cabanagem ( 1835 – 1836 )
7. A Sabinada (1837 – 1838)
8. A Balaiada ( 1838 – 1841 )
9. A Revolução Farroupilha ( 1835 – 18 45 )
Os jornais desempenharam um papel importante no acirramento das
paixões políticas. O assassinato de Libero Badaró, que, em São Paulo, dirigia o
jornal de oposição ao imperador, O Observador Constitucional, precipitou os
acontecimentos. O crime foi cometido por partidários do imperador, em novembro
de 1830, complicando a situação de D. Pedro I. O principal foco de oposição ao
imperador estava em Minas. Não podendo contar sequer com as forças militares,
pois os soldados estavam passando para a oposição, D. Pedro resolveu visitar a
província com a intenção de pacificá-la. Porém, o imperador foi recebido com
frieza pelos mineiros, que preferiram homenagear a memória de libero Badaró.
De volta ao
Rio, os “colunas” (membros das Colunas do Trono) resolveram organizar uma
manifestação de apoio a D. Pedro. Os “brasileiros” reagiram realizando uma
manifestação contrária. Assim, partidários e adversários do imperador entraram
em conflito no dia 13 de março de 1831,
fato que ficou conhecido como Noite das
Garrafadas. Com o propósito de conter os ímpetos radicais, O. Pedro se viu
forçado a reorganizar o seu ministério. No dia 19 de março de 1831, formou o Ministério
Brasileiro, com brasileiros natos, porém sem prestígio. O “partido
português”, em 4 de abril, lançou uma nova provocação, comemorando o
aniversário de Maria da Glória, filha de D. Pedro e herdeira legítima do trono
português. Novos conflitos eclodiram entre as facções contrárias. Em 5 de abril
D. Pedro dissolveu o ministério e organizou outro, francamente absolutista, o
célebre Ministério dos Marqueses ou Ministério dos Medalhões.
Ocorreu
então uma nova manifestação no Rio, exigindo-se a reintegração do ministério
deposto. Apesar da insistência de setores civis e militares, D. Pedro manteve
irredutível. Essa atitude do imperador determinou a passagem de Francisco de
Lima e Silva, comandante militar, para a oposição e assim o imperador ficou
completamente isolado e sem apoio. Não contava mais sequer com as tropas para
reprimir as manifestações. Já não restava alternativa senão abdicar. E foi o
que fez, em favor de seu filho D. Pedro (futuro D. Pedro II), então com apenas
cinco anos de idade. No dia 7 de abril, O. Pedro I deixou de ser imperador do
Brasil e, em seguida, abandonou o país, mas não sem antes se reconciliar com os
Andradas, nomeando José Bonifácio como tutor do seu filho.
A
Constituição de 1824 previa para casos, como o de abdicação, a escolha de 3
nomes na Câmara e no Senado que ocupariam o pode executivo. Entretanto, no momento da abdicação os
deputados estavam de férias e, assim, faltava quorum. Formou-se, então, uma
Regência Provisória que deveria governar até 17 de junho de 1831.
Na
composição da Regência Provisória assinalou, sobretudo, uma tentativa de
equilíbrio político. Os seus componentes eram: senador Vergueiro, que
representava a Revolução e as tendências liberais; marquês de Caravelas,
representando o conservadorismo e a tradição monárquica e Francisco de Lima e
Silva representando a força militar no equilíbrio de tendências.
As
reivindicações liberais, ainda que mais superficiais, foram atendidas:
suspendeu-se o poder moderador, reforçando desta forma, o Legislativo e
reintegrou-se o ministério (Ministério Brasileiro) deposto por D. Pedro I aos 5
de abril.
A
preocupação maior dos regentes concentrou-se entretanto, nas agitações
realizadas pelos setores sociais despojadas do poder, principalmente os
exaltados.
Com a menoridade de Dom Pedro II, o Período Regencial foi
marcado pela disputa entre três grupos políticos pelo poder.
Os
três Grupos Políticos eram: os restauradores, os liberais moderados e os
liberais exaltados.
Restauradores – Defendiam a volta de D.
Pedro I ao governo brasileiro. Assim os Restauradores poderiam voltar ao poder.
Participavam deste grupo os comerciantes portugueses. Ficaram conhecidos como
"caramurus". Quando o Imperador se antepôs ao absolutismo, recebeu o apoio dos
caramurus.
José Bonifácio era um restaurador, e como muitos
outros, apenas por interesse pessoal, este foi nomeado por Dom Pedro I como o
tutor de Dom Pedro II, após a abdicação de 1831.
Moderados – Eram os situacionistas. Desejavam manter a
estrutura agrária (exportadora e escravocrata). Não visavam a mudanças radicais
na Constituição. Participavam deste grupo as elites agrárias do Sul e do
Nordeste. Ficaram conhecidos como "chimangos".
Exaltados – Lutavam pela autonomia das províncias. Alguns
desejavam a República. Participavam deste grupo as camadas médias urbanas e
oligarquias periféricas. Ficaram conhecidos como "farroupilhas" ou
“jurujubas”.
A criação
da Regência Permanente deu-se em maio de 1831. Seus componentes eram: Bráulio Muniz, Costa
Carvalho e Francisco de Lima e Silva. A vinculação “partidária” da Regência
Permanente evidenciou-se como do partido moderado pela presença de Feijó no
cargo de Ministro da Justiça. A preocupação primeira, e, talvez a central
durante a Regência Trina foi a de eliminar as agitações; empreendimento este
que deu destaque a Feijó (atuação do Legislativo).
Como foi
dito, com a Regência Trina os liberais moderados se alojaram no poder, não
abrindo mão, assim, de reformas realmente democráticas. Os liberais exaltados,
em vista do caráter político partidário da Regência, aproxima-se das camadas
mais pobres da população e conscientizaram-se que suas reivindicações somente
seriam obtidas com a tomada do poder. Logo, a solução era a luta armada.
Assim, os
motins começam a ocorrer. Em julho de 1831, um Batalhão de Infantaria,
juntamente com outro de Polícia rebelou-se no Rio de Janeiro. Os militares
exigiam além de uma série de reivindicações, uma nova Assembléia Constituinte a
fim de reformar a Carta de 1824.
Frente às
agitações, que se alastravam com rapidez, Feijó vê a necessidade da criação de
uma nova força, militar, capaz de substituir aquela que se amotinara. Assim,
aos 18 de agosto, foi criada a Guarda Nacional composta quase que
exclusivamente pela aristocracia rural. A Guarda era formada pelos eleitores e
sua função era manter a ordem política e manter a Constituição. A Guarda estava
subordinada ao poder civil: cabia aos juízes de paz o recrutamento e o comando
no nível municipal. Os juízes de paz
estavam subordinados ao Presidente de Província que por sua vez, submetia-se ao
mando do Ministro da Justiça. Feijó,
muitas vezes caracterizado como ditador, durante a Regência trina, ficou com
poderes excessivamente amplos.
A Guarda
Nacional consolidou o poder das oligarquias rurais, na medida que, estando
comprometida com os grupos dominantes acobertava as fraudes eleitorais,
permitindo abusos de poder. A Guarda
tomou, desta maneira sustentáculo do regime. Já no ano de 1831 e início de 1832
ela debelou levantes no Rio de Janeiro, assim como a setembrizada (1831),
novembrada (1831) e abrilada (1832) em Pernambuco.
Além dos
exaltados os restauradores, com pretexto de restauração da Coroa, começam
também a promover agitações. Os restauradores representavam, na verdade, a mais
reacionária facção antiliberal e, na sua composição, encontravam-se elementos
da mais alta projeção social, como os Andradas.
A força dos
Restauradores aumentou consideravelmente em 1832. Neste ano, Feijó e um grupo
de liberais tentam, através de um golpe de Estado converter a Câmara em
Assembléia Constituinte, sem o conhecimento do Senado, reduto de
restauradores. Havia sido elaborada uma
Constituição que recebeu o nome de Constituição dos 3 Padres (Feijó, Custódio e
José Bento).
Entretanto,
o golpe fracassou devido ao temor dos deputados em desencadear um processo
revolucionário. Feijó, por sua vez,
viu-se pressionando pelos restauradores o que o levou a renuncia em agosto de
1832.
Vitoriosos
sobre Feijó, os restauradores intensificam os contatos com D. Pedro I e as
agitações agora passam a ser empreendidas também por esta facção.
Diante das
contínuas agitações lideradas pelos restauradores, os moderados põe fim à
transigência e desmantelam o partido restaurador em 1833. Os restauradores
desapareceram efetivamente em 1834, com a morte de D. Pedro I.
3. As Reformas
Liberais
Após a
repressão movida aos grupos extremistas pelos moderados foram realizadas uma
série de reformas cuja meta era “deter o carro revolucionário”, segundo
Bernardo de Vasconcelos. As reformas
empreendidas não alteram as bases da organização sócio-política definida pela
Constituição. As reformas satisfazem,
sobretudo, os interesses liberais, frustrados no primeiro Reinado, de
descentralização político-administrativa.
A primeira
medida, neste sentido, foi tomada em 1832, com a decisão do Código do
Processo Criminal. Através do
Código, as autoridades judiciárias ficavam sob controle dos proprietários de
terra. Restabelecia-se a autonomia
municipal: os juízes de paz eram
eleitos pela população local. Além disso
o Código regulava o processo eleitoral e o recrutamento da Guarda Nacional.
Segue-se a
publicação do Código, o ATO ADICIONAL de 1834, que, em parte, atingia a
Constituição. O ATO estabelecia:
1º. Criação de Assembléias Legislativas
Provinciais, substituindo os antigos Conselhos Provinciais, formados pelos
Presidentes de Província. Cabia as
Assembléias legislar sobre assuntos impostos, desapropriação, etc.. Os antigos Conselhos Provinciais tinham,
quase que exclusivamente a função consultiva.
2º. Abolia
o Conselho de Estado, que auxiliava o Imperador na prática do Poder Moderador.
3º.
Transformava a Regência em Una e eleita.
O Ato
Adicional foi revestido de certo caráter conciliatório na medida que atendia as
reivindicações de diversas facções na tentativa de um equilíbrio político.
Feijó e
a oposição regressista
Em 1835
processaram-se as eleições para Regência Una – Os moderados, tomando como
referência o Ato Adicional, restringiu-se em duas facções: progressista,
defendendo o Ato e regressista, contrária a descentralização.
A vitória
nas eleições coube a Feijó. Apesar da diferença inexpressiva de votos (600
votos de diferença) a vitória de Feijó representou a ascensão dos
progressistas.
Entretanto,
nas eleições para o Legislativo, em 1836, venceram os regressistas: a
aristocracia rural temia, agora, as conseqüências do avanço liberal. Eclodiram revoltas nas províncias: no Pará, a
Cabanagem e no Sul a Farroupilha. Por
outro lado Feijó faz pouco para detê-las, pelas suas características liberais.
A Câmara
nega fundos a Feijó para debelar as rebeliões: teme-se um fortalecimento do
Poder Central. Os atritos entre a Câmara e o executivo passam a ser constantes.
O
distanciamento do Feijó e os regressistas dilatou-se ainda mais com a questão
clerical, cuja origem estava na nomeação do Padre Moura para bispo do Rio de
Janeiro e seus projetos de mudança da Igreja no Brasil. Feijó partilhava com o bispo os mesmos ideais
o que desgasta ainda mais as bases políticas do Regente.
Não
bastasse este fosso profundo que separava Feijó dos regressistas, em 1837,
morre Evaristo da Veiga, responsável pelo formal “Aurora Fluminense”m defensor
de Feijó.
Com a
recusa, cada vez mais rigorosa, de conceder meios materiais para sufocar as
rebeliões, por parte da Câmara, em 1837, Feijó renuncia. O cargo de Regente é transmitido inteiramente
para Araujo Lima.
5. Araújo Lima e o
“regresso conservador”
Em 1838,
processaram-se as eleições para Regente. A vitória de Araújo Lima evidenciou as
preferências pelo regressismo que pode ser verificado pelo terror dos
proprietários de terra a descentralização.
Araújo Lima
coordenava o “Ministério da Capacidade”,
regressista, que já demonstra a necessidade de compatibilidade entre Executivo
e Câmara para exercício da governação.
A Cabanagem
é debelada, enquanto que, novas revoltas eclodem: Sabinada, na Bahia e Balaiada
no Maranhão.
As revoltas
nas províncias impulsionam ainda mais o regresso conservador. Em 1840, Bernardo de Vasconcelos apresenta a Lei
Interpretativa do Ato Adicional, que anula a descentralização proposta pelo
Ato. Ao mesmo tempo prepara-se a Reforma
do Código do Processo Criminal, que será aprovada em 1841.
Com o
regresso conservador prepara-se a instalação do esquema Institucional que
predominou durante todo o Segundo Reinado: a centralização
político-administrativa.
AS REBELIÕES
REGENCIAIS
Após a
abdicação de D. Pedro I teve início uma série de agitações que se estenderam
por todo o período subseqüente. Daí os
historiadores caracterizam este período como o mais conturbado da História do
Brasil. Foi um tempo em que praticamente
a Nação inteira conheceu rebeliões, arruaças, motins militares e
pronunciamentos contra a ordem estabelecida.
As inúmeras
categorias que se configuram nesta fase tornam complexo um estudo sobre a
organização das forças políticas.
Entrelaçam-se pretensões de caráter nativista, republicano, federalista,
por vezes legítimas reivindicações de progressismo e até mesmo manifestações de
baditismo. Outros intuitos poderiam
também ser alinhados como, por exemplo, a presença de ideais seccionistas e defesa
de convicções absolutistas. Embora proliferem tantas aspirações políticas,
pode-se depreender, a despeito desta aparência intricada, algumas significações
que servem para uma melhor elucidação do Período Regencial. Numa perspectiva mais ampla isto significa
que a caracterização da instabilidade política que se processou durante a
menoridade se dá no quadro de acontecimentos que envolveram a Independência e o
Primeiro Reinado.
Como foi
visto, a Independência do Brasil foi pacífica e assumiu uma roupagem
conservadora. Os setores sociais que a
empreenderam visavam à manutenção das estruturas que protegiam seus
privilégios. Assim sendo estes setores
eram firmemente contrários a qualquer mudança da estrutura social. A importância do Príncipe Regente neste
contexto prende-se aos seguintes fatos: primeiro, assegurar os privilégios da
classe dominante através da Monarquia; segundo, atenuar, valendo-se do seu
prestígio, os choques ou possíveis dissidências da classe dominante, projetando
em nível nacional os interesses desta classe; terceiro, servir como instrumento
imediato na resistência as Cortes.
Desta
forma, os proprietários de terra, ao elaborarem a emancipação, afastaram a
possibilidade de agitações ou violências. O desencadeamento de uma onda revolucionária
atrairia necessariamente outras camadas da população que poderiam ameaçar a
estrutura vigente ou reclamar para si, posteriormente, uma maior participação
no processo político.
Assim, os
procedimentos belicosos foram controlados e habilmente canalizados contra
Portugal. O Partido Brasileiro
esforçou-se para demonstrar que inexistia qualquer contradição ou antagonismo
de classe entre os nativistas. Mas, na
verdade quando se esboçava a reação a Portugal, surgiram idéias divergentes quanto à forma de se
realizar a Independência e quanto aos pressupostos que deveriam ser
estabelecidos juntamente com a nova ordem.
Mas,
após Independência a autonomia não se
consolidara efetivamente. Alguns
obstáculos persistiram. Comerciantes,
políticos e grupos portugueses, aliados a partidários do absolutismo, apoiavam
não somente o ascendente autoritarismo do Imperador como também a
recolonização. D. Pedro, por seu lado, tomou consciência da sua função
simbólica – manutenção da integridade territorial – e da posição secundária ao
qual o Legislativo desejava colocá-lo.
Entretanto, para fazer frente ao autoritarismo
a classe dominante sentiu a necessidade de mobilizar os setores políticos e
sociais mais radicais. D. Pedro foi,
assim, acusado de impedir reformas democráticas que poderiam melhorar a
situação de miséria que pairava sobre camadas baixas. Esta argumentação era uma forma de dirigir as
massas e usá-las como agente de contestação.
Agora, os
nativistas uniram-se contra o suposto inimigo comum, o Imperador, exigindo
reformas político-administrtivas, o estabelecimento do parlamentarismo e maior
liberdade para as províncias. Algumas
reivindicações passaram, desta maneira, a escapar do controle da aristocracia
rural. Alguns falavam abertamente da necessidade de reformar profundamente a
estrutura da sociedade brasileira. Mas,
para o setor mais tradicional, interessava apenas o desgaste do autoritarismo
de D. Pedro e não a solução das
contradições da sociedade brasileira. O
que se fazia então era protelar (=adiar) os conflitos. A crescente oposição dos nativistas face ao
autoritarismo do Imperador desembocou na Abdicação.
A Abdicação
revestiu-se num ato de grande importância para a consecução dos objetivos
nacionais, na medida em que provocou a eliminação dos últimos resquícios de um
possível vinculo com Portugal. Embora 7
de abril empreendesse a consolidação do Estado Nacional, em termos ideais, a
concretização de tal fato encontrou empecilhos devido as próprias incertezas em
que se processaram a oposição ao Imperador e a forma da estruturação do poder
após a Abdicação.
A organização política das Regências levava a
um grande impasse a aristocracia rural que havia movido a oposição a D. Pedro,
em vista da sua determinação de marginalizar das posições de mando as outras
camadas sociais que haviam exercido influência na Abdicação. Estas camadas, que até então haviam se
limitado a pressão revolucionária, agora, frente aos acontecimentos e da
desilusão provocada pelo deslocamento político (= foi esquecido), consideram
como única saída a propagação da violência.
Sim, o povo foi enganado (=ludibriado, logrado), viu que tinham lutado
para os outros, constatando que as reformas por que aspiravam continuavam no
mesmo lugar esquecidas depois da vitória como antes dela.
A
insatisfação das camadas populares foi um fator importante para a
caracterização das rebeliões regenciais.
Entretanto, não convém exagerar afirmando que as rebeliões reproduziram
uma autêntica luta de classes entre dominadores e dominados, possuindo estes
uma orientação ideológica consistente.
A principal
semelhança dos movimentos populares era a desorganização e a rápida desagregação
ocasionadas em grande parte pela aglutinação em torno de líderes ou indivíduos
carentes de definição política.
Outra
constante era a pronta iniciativa para quaisquer desordens ou agitações, mesmo
sem propósito definido, servindo apenas como instrumento de setores da
aristocracia em sua disputa pelo poder.
As atitudes revolucionárias inconseqüentes das
massas pode ser justificado, em parte, em função da estrutura social vigente
que não contribuía para que ocorresse o contrário. O Brasil organizara sua produção com objetivo
de atender a demanda do mercado europeu.
Assim, sua posição periférica envolvia um tipo de estrutura social
emergente do latifúndio gerado de um lado o mandonismo senhorial e de outro a
escravidão. Um sistema social
constituído, como este, por uma maioria de escravos, não pressupõe um revés
“dos debaixo” contra “os de cima”. As
categorias livres eram insignificantes, sendo representadas pela aristocracia
rural, por “camadas médias”, mestiços, desocupados, negros livres e
agregados. Muitas vezes estes segmentos,
sociais não chegavam a constituir-se em classe social de maneira nítida, mas
simples aglomerados de indivíduos.
Tal
configuração impossibilitou a gestação de uma estrutura política afeita a
debates ou que pudesse, ao menos, propiciar diretrizes que contestassem a
predominância aristocrática. Há que se
considerar que isto não negava a existência de dissidências aristocráticas em
nível nacional. A classe dominante não
manifestava harmonia entre seus componentes; ao contrário, as rivalidades no
seu seio fizeram-se também presentes perfazendo o conjunto de agitações que
marcam o Período Regencial. Estas
incompatibilidades foram exteriorizadas através do dilema
centralização-descentralização e reproduzem um traço que tem suas origens na
evolução histórica do Brasil: o caráter da ocupação, a posição de dependência
em relação ao centro capitalista. Os
estímulos do mercado europeu favoreceram o regionalismo na medida em que a
ocupação econômica do território foi sendo demarcada pela dispersão e
diversificação das áreas produtivas de acordo com as exigências do mercado europeu. Pode ser lembrado ainda como fator
explicativo para o acentuado regionalismo, a inexistência de um mercado interno
e a consecução gradual de um localismo de poder, manipulado pelas oligarquias
rurais.
As mudanças
que surgiram como decorrentes da crise do antigo sistema colonial e a
conseqüente emancipação política promoveram a emersão destes fatores. Entretanto, estes fatores foram atenuados por
causa da campanha contra Portugal e da solução política obtida, ao menos em
curto prazo, pelo regime imperial.
Contudo após a Abdicação, as contradições tornaram-se mais
intensas. A vacância do poder e a
necessidade de ocupá-lo com quadros políticos nacionais precários e sem grande
projeção desenfrearam aspirações, descontentamentos e disputas das mais variadas.
A tentativa
imperiosa de articular o aparelho de Estado para abranger toda a extensão
geográfica e com capacidade de fazer valer os preceitos da autoridade central
encontrou um sem número de dificuldades.
A fórmula adequada para reprimir a pressão popular assim como afastar as
tendências locais ou fracionadoras da aristocracia rural, que ameaçava a
integridade nacional, não foi encontrada de imediato.
Apesar de
ameaçar com a desagregação territorial, as rebeliões ocorreram de norte a sul
do país, expressando a fragilidade da união nacional. As províncias desconfiavam e, por vezes,
chegavam a negar a autoridade constituída no Rio de Janeiro, que relegava a um
segundo plano a representatividade de algumas áreas ou então reunia
representantes de regiões de interesse diversificados. O poder situacionista enfrentou várias
adversidades de origens diferentes. A
crise econômica acelerou a crise política.
Os produtos brasileiros encontravam portas fechadas no mercado
internacional determinando recesso da produção de algumas áreas. Não existiam recursos para atender as
necessidades de um país que tentava firmar sua autonomia. O reflexo político da situação econômica era
a acusação de autoritarismo e incapacidade do poder central.
As
dificuldades do período encontram também explicação na imaturidade política da
classe dominante. O espaço que separa a
Independência da crise regencial abriu o cenário para formulações políticas
variadas nas diversas regiões do país.
Decorrente desta situação temos uma organização partidária instável
fazendo a vida política girar em torno de algumas figuras de prestígio.
Porém,
vale ressaltar que as divergências da classe dominante eram de ordem
político-administrativa. Sempre houve
concordância quanto à manutenção da grande propriedade e da estrutura
escravista. Enfim, a problemática do
período traduz as dificuldades de uma classe social no seu empenho de se
consolidar no poder e colocar-se acima das demais tendências.
A revolta
dos cabanos constitui um prosseguimento das manifestações nativistas que se
desenrolaram no Pará durante as guerras de Independência. A influência portuguesa na região era forte,
de modo que os paraenses tiveram que sustentar uma luta árdua contra o domínio
lusitano, auxiliados, em agosto de 1823, pela intervenção do governo imperial.
A luta no
Pará se fizera mediante a mobilização popular e, embora fosse dirigida contra a
Metrópole, ultrapassou com freqüência, este limites, provocando tumultos que atemorizaram
os dirigentes do processo emancipacionista.
O governo imperial, em vista das agitações no Pará, recorreu para a
manutenção da ordem através de repressão violenta. Os excessos cometidos por Grenfell para
abafar a agitação popular são bastante elucidativos.
A
independência do Brasil não significou, para a maioria paraense, uma
solução. A penúria da população era
grande e as promessas de melhoria das condições sociais da gente pobre não
foram postas em prática. Viviam aos
montes nas beiras de rios em habitações miseráveis (em cabanas, daí o nome das
pessoas moradoras de cabanos). Daí a
origem da expressão cabanos (cabanagem), como foram chamados os revolucionários.
A princípio os cabanos foram liderados pelo
cônego Batista Campos que se destacara em várias lutas contra a Metrópole
(=Portugal). O cônego possuía enorme
prestígio entre os cabanos, embora seu comportamento político fosse
ambíguo. Foi preso diversas vezes e
graças a sua participação e liderança revolucionária tornou-se possível,
posteriormente, o surgimento de um movimento revolucionário mais articulado.
Os cabanos
conseguiram ascender ao poder por três vezes consecutivos. O primeiro êxito revolucionário deu-se em
janeiro de 1835, em virtude das agitações dos anos anteriores. O desencadeamento do processo insurrecional
está ligado à política enérgica e intransigente de Lobo de Souza. O Presidente da Província, além da repressão
movida contra setores populares, lança mão de um expediente impopular: o
recrutamento militar intensivo para as forças militares de terra e da
Armada. Tal expediente constituía uma
maneira de afastar os elementos políticos mais incômodos ao governo.
A “ralé esfarrapada”, num trabalho de intensa
agitação tanto na capital como no interior, organizou um movimento armado. A preparação do levante armado faz nascer
líderes como, Ferreira Lavor; os irmãos Vinagres; Clemente Malcher e Eduardo
Angelim.
Após a
derrubada das principais autoridades de Belém, os cabanos organizaram o
primeiro governo revolucionário sob liderança de Malcher, que logo se indispôs
com os insurretos por não atender às suas várias reivindicações e desaprovar a
agitação reinante. Assim, foi destruído
de forma trágica quando suas atitudes políticas foram consideradas anti-revolucionárias.
Os
revolucionários substituíram Malcher por Francisco Vinagre, que não diferenciou
muito do seu antecessor. Desta maneira,
os cabanos estavam sendo vítimas dos seus próprios líderes. Francisco Vinagre encontra oposição ferrenha
por parte do seu irmão, Antônio Vinagre, em decorrência das tentativas do
primeiro em conciliar se com a Regência. O movimento enfraquece, na medida em
que as divergências de opiniões internas aumentam e políticos paraenses tiram
proveito do enfraquecimento, manifestando apoio ao governo central, reivindicam
a intervenção.
Mesmo
engajando mercenários para subjugar os setores mais radicais e conseguindo
empossar um novo Presidente da Província, os representantes do poder da ordem
conseguiram apenas uma estabilidade efêmera.
Os sublevados não arrefeceram e, após vários levantes, marcharam mais
uma vez sobre a capital formando um novo governo revolucionário. Desta vez a liderança esteve nas mãos de Eduardo
Angelim, que formou um novo governo.
Desta vez, também, não tardaram as brigas
internas entre os revoltosos. Ao lado disto, a luta prolongada e sucessivas
traições de que tinham sido vítimas abalaram profundamente. Assim, mesmo,
conseguem manter-se no poder por quase um ano.
Infelizmente, não souberam se organizar com eficiência neste
período. Além disso, enfrentaram uma
epidemia de bexigas (= doença por vírus, varíola) que alastrou a região.
Em abril de
1836, chega ao Pará uma poderosa esquadra trazendo o novo presidente legal, o
Brigadeiro Francisco José de Souza de Andréia.
Depois de alguma luta, o brigadeiro consegue
efetuar um desembarque, e ocupa a capital aos 13 de maio. Os cabanos, refugiados no interior, já não
podiam oferecer grande resistência.
Atacados por forças consideravelmente superiores, vão cedendo terreno e
finalmente foram totalmente esmagados.
Estava
assim terminada a revolta (= levante, rebelião) dos cabanos. É ela um dos mais, senão o mais notável
movimento popular do Brasil. É o único
em que as camadas inferiores da população conseguem ocupar o poder de toda uma
Província com certa estabilidade. Apesar
da sua desorientação, apesar da falta de continuidade que o caracteriza,
fica-lhe, contudo a glória de ter sido a primeira insurreição popular que
passou da simples agitação para uma tomada efetiva de poder.
A Sabinada,
que teve a Bahia como palco, foi também precedida por situação política marcada
por largas agitações. Ao lado de
rebeliões nativistas e influenciadas de ideal federativo, verificam-se também
na Bahia insurreições (=rebeliões) de negros muçulmanos contra a
escravidão. Assim, a Bahia da primeira
metade do século XIX foi assolada (= marcada) por agitações que tinham como
participantes vários setores sociais.
As
motivações, da revolta de 1837, constituíram um reflexo da tendência geral das
Províncias no Período Regencial: negar a autoridade central e os Presidentes
escolhidos para o governo provincial. A
Sabinada destacou-se das demais pela capacidade do seu líder de visualizar um “separatismo
provisório”: a República Bahiense existiria somente até a maioridade. Além, disso, vale destacar também o seu
caráter sangrento. A guerra civil, por
ela criada fez centenas de vítimas entre rebeldes e legalistas e milhares de
prisioneiros. No final da revolta o
líder, Sabino Rocha foi banido para Mato Grosso onde veio a falecer.
A Balaiada,
no Maranhão, não se apresentou como um movimento único, mas como um movimento
fracionado, com levantes sucessivos e ininterruptos indicando direções
variadas. Assim sendo, é bastante
difícil encontrar nestes levantes um programa político claramente delineado.
Repetindo a
situação do Pará, no Maranhão as lutas sociais adquiriram um caráter
acentuadamente popular. A intranquilidade
social na região era produto de profundas desigualdades sociais intensificadas
pela extrema miséria a que estavam submetidas as camadas populares. Acentuando esta intranquilidade a repressão
policial assumia, cada vez mais, um caráter opressivo através de prisões
arbitrárias. Desta forma, repetidas
vezes, os vaqueiros, artesãos e negros aquilombados reuniram-se no interior e,
desta reunião, nasciam movimentos de massa que muito rapidamente, pela
inexistência de um programa político, transformavam-se em manifestações de
banditismo.
Além das
agitações populares havia também um desacerto político-partidário. A oposição ao governo do Maranhão
organizava-se em torno do grupo chamado Bem-Te-Vi. Para este grupo as agitações populares
mereciam aprovação somente no momento que servissem de anteparo às
interferências centralizadoras. Caso
contrário, preferiam subordinar-se ao centro que sentir seus interesses e
posições ameaçadas. A ala mais radical
dos liberais, os Bem-Te-Vis chegavam inclusive a participar de movimentos
insurrecionais urbanos.
Os revoltos
conseguiram, por algumas vezes, dominar regiões do interior e emboscar as
expedições policiais que iam a seu encalço, além de assaltar cidades e
fazendas. Por duas vezes esta população
conseguiu dominar a cidade de Caxias, que depois de São Luis, era a mais
importante do Maranhão. Entretanto, não
conseguiram se consolidar no poder, em virtude da dissolução gradual dos bandos
armados decorrente do comportamento aventureiro das lideranças sertanejas que
se entregavam ao bandoleirismo.
Os
rebeldes contaram com dois principais líderes: Francisco dos Anjos (artesão) e
Raimundo Gomes (vaqueiro). Mas, o
movimento não assumiu grande intensidade pela incapacidade de união com
escravos revoltados no litoral. E assim,
a desconexão e má orientação, contribuíram para o amolecimento do ímpeto
revolucionário, propiciando a vitória das forças do governo. O presidente de Província e Comandante das
Armas, coronel Luis Alves de Lima e Silva, frente a desarticulação do
movimento, conseguiu derrotá-lo.
A Guerra
dos Farrapos, ou Revolução Farroupilha, destacou-se entre as revoltas
brasileiras, como a de maior duração.
Merece
atenção especial o quadro regional que foi palco desta revolução. O Rio Grande do Sul, ligado as regiões
platinas, estava sujeito aos reflexos advindos da instabilidade política da
região, marcado pelas lutas caudilhescas.
Estas lutas caudilhescas foram, por sua vez, geradas pelo tipo de
ocupação econômica da região com a formação de grandes propriedades dedicadas a
pecuária.
Alinhando
as principais razões da revolução sobressai a de ordem econômica. A base material gaúcha assentava-se na
criação de gado e, principalmente, na
indústria do charque, que era vendido a várias Províncias Brasileiras. No entanto, os fazendeiros sentiam-se
prejudicados pela política tributária opressiva adotada pelo governo
central. Não bastasse o peso dos
impostos, o governo estabeleceu uma baixa taxa alfandegária para a carne
salgada, que barateava os preços do produto importado, excluía o produto
rio-grandense de alguns mercados.
A indústria
riograndense de charque, de base escravista, competia em desvantagem, com a
produção dos “saladeros” platinos, cuja
produção estava assentada no trabalho assalariado. Nesta última, a especialização profissional
conferia maior produtividade.
Uma parte
do manifesto do primeiro governo revolucionário, para ilustrar a pressão e
imprudência do Império sobre o Rio Grande do Sul. “Uma
administração sábia e paternal nos teria indenizado de sacrifícios tais e de
tão pesadas cargas pela abolição de alguns impostos e direitos: o Governo
Imperial pelo contrário esmagou a nossa principal indústria vexando-se ainda
mais. A carne, o couro, o sebo, a graxa,
além de pagarem nas alfândegas do país do duplo dízimo de que se propuseram
aliviar-nos exigiam mais quinze por cento em qualquer dos portos do Império. Imprudentes legisladores nos puseram desde
esse momento na linha dos povos estrangeiros, desnacionalizaram a nossa
província e de fato a separaram da comunhão brasileira”
No nível
político, há que se considerar que o sul era receptivo a penetração das ideias
republicanas e do federalismo.
Predominava no sul, um grupo de liberais radicais que não suportavam a
excessiva centralização político-administrativa da Regência que defendia, quase
que francamente, interesses de grupos paulistas e mineiros.
Após a
instituição do Ato Adicional, a Assembléia Provincial do Rio Grande do Sul foi
dominada pelos radicais, os farroupilhas. Assim sendo, a Assembléia não aceitou
a indicação, por parte do centro, de Fernandes Braga para a Presidência da
Província.
Os
farroupilhas passaram da simples oposição política a luta armada. O principal líder farroupilha, Bento
Gonçalves, rico estancieiro (=fazendeiro) e comandante da Guarda Nacional
local, comandando grupos armados ocuparam a cidade de Porto Alegre.
O governo
provincial não conseguiu reprimir o movimento e o presidente alarmado
retirou-se para a Vila do Rio Grande, instalando lá a sede do governo. Mas, os farrapos dominavam Porto Alegre e em
1836, proclamaram a República Rio-Grandense ou República de Piratini,
sustentados por populações rurais e ajuda de caudilhos argentinos e uruguaios.
Entretanto,
apesar de uma série de lutas que haviam demonstrado um equilíbrio de forças,
Bento Gonçalves foi preso e 1837, por uma questão de descuido. Sendo enviado preso a Bahia, conseguiu fugir
auxiliado pelos rebeldes da Sabinada. Ainda
em 1837, o italiano Giuseppe Garibaldi juntou aos farrapos e, juntamente, com
David Canabarro, liderou uma expedição a Laguna em Santa Catarina
ocupou a cidade e proclamou, em 1838,
a República Juliana.
Entretanto,
os gaúchos, apesar de se sentirem espoliados, começavam a perceber que embora a
luta pelo federalismo devesse persistir, não interessava a secessão
(separação). A secessão levaria
obrigatoriamente a perda do mercado nacional de charque que sustentava a
produção.
Em1840, com
a Maioridade, D. Pedro II concede anistia aos rebelados do Período
Regencial e um novo presidente foi
nomeado para o Rio Grande do Sul. O novo
presidente tenta convencer os gaúchos das vantagens da pacificação, mas, nada
obteve em termos práticos.
Em 1842, o
Barão de Caxias isolou militarmente os principais pontos de suporte do
farrapos, cortando o abastecimento de provisões e armamentos de procedência uruguaiana. A inegável superioridade da infantaria das
forças imperiais impôs sérias derrotas aos rebelados. Ao mesmo tempo, Caxias propunha conversações
sobre a pacificação com os principais líderes obtendo gradativamente o
esmorecimento revolucionário.
Aos
1 de março de 1845, Canabarro e Caxias proclamaram a pacificação do Rio
Grande do Sul. Com o objetivo de reduzir o ânimo de guerrear
contra Império, o governo imperial fez
várias concessões: anistia para os derrotados; liberdade aos escravos que
participaram da revolução; integração dos militares rebeldes ao exército
imperial, respeitando a graduação de cada oficial e a devolução das terras
ocupadas ou confiscadas.
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